Prévia para apostas na Pinnacle Cup II

A fase de grupos da Pinnacle Cup II chegou ao fim e, finalmente, conhecemos as quatro equipes classificadas. Estudamos o perfil das quatro equipes que retornaram da primeira Pinnacle Cup para a segunda edição do torneio: Lyngby Vikings, GamerLegion, Nordavind e KOVA. Vamos ver como elas se saíram!

A Lyngby Vikings, equipe convidada para a fase suíça na primeira edição, conseguiu se classificar desta vez sem perder um único mapa. O desempenho poderoso da equipe contra a segunda equipe da Natus Vincere, a NAVI Junior, foi seguido por um confronto acirrado contra a igualmente talentosa formação da Sharks, equipe brasileira. Os Vikings venceram a melhor de três por 2-0, apesar de três das quatro metades terem terminado com um placar de 8-7.

Assista à Pinnacle Cup II aqui.

A Nordavind não teve a mesma sorte. Antes da fase de grupos, tive grandes esperanças de que os meses de trabalho da atual formação da equipe fossem suficientes para a classificação para a próxima fase, no entanto, eles acabaram precisando escalar Viktor “vhw” Wadman em vez do talento da equipe, o rifler Jesper “tenzki” Plougmann Mikalski. Eles começaram bem contra a Sharks na eliminatória, incluindo um 5-0 jogando como Ts no Inferno, mas conseguiram apenas uma vitória no full-buy contra um full-buy da Sharks na segunda metade. A única vitória da equipe foi conquistada graças à agressividade irrestrita de Anton “supra” Tsernobai, que recuperou o topo da banana ao derrotar alguns Sharks sem visão da sua posição e incapazes de revidar. Vamos fazer uma análise breve das falhas cometidas por eles durante o jogo no lado CT e os principais indicadores da defesa inferior da equipe.

• Rodada 24 (13-10): o AWPer Daniel “mertz” Mertz procura uma posição elevada na via do meio e morre para um Terrorista no caminho de rato. Kevin “HS” Tarn entrega sua posição ao pegar o rifle sniper de “mertz” e lançar uma granada de fumaça em seguida. Os jogadores da Sharks notaram a movimentação, que indicava que pelo menos um dos adversários estava na varanda. A equipe avançou pela fumaça, matando “HS” no arco e dominando a posição sem resistência da Nordavind.
• Rodada 25 (13-11): assim como nas outras duas rodadas, Sabit “mirbit” Coktasar lançou uma granada de luz para “supra” no topo da banana. Desta vez, os membros da Sharks ainda não tinham contornado a parede e escaparam do efeito da explosão, dominando o bombsite B com facilidade.
• Rodada 26 (13-12): a Nordavind decide jogar uma rodada econômica. Depois de 30 segundos controlando a área dos apartamentos, a equipe perde a paciência e tenta avançar para o meio falso, mas é pega no caminho.
• Rodada 27 (13-13): Mais uma vez, “mertz” tenta atirar de uma posição elevada no meio com a AWP, desta vez, com um boost. Ele erra o tiro e o boost entrega sua posição (na verdade, as posições de dois jogadores no bombsite-A) e a Sharks aproveita a vantagem para lançar uma granada de luz nos apartamentos e derrotar os dois riflers no bombsite-A tentando se mover para a mesma posição no cemitério.
• Rodada 28 (13-14): a Nordavind decide investir tudo em uma compra forçada. A equipe mantém um M4 agressivo no arco para economizar uma granada de fumaça, mas acaba apenas trocando mortes. “mertz” acerta ao lançar uma granada de fumaça, atrasando o avanço da Sharks e permitindo a movimentação de “supra”, que atravessou a areia 2 com a UMP e faturou duas mortes, para um placar de 4-2. No entanto, o poder de fogo inferior da equipe custa caro aos europeus que, apesar da vantagem em número, não conseguem virar o jogo.
• Rodada 29 (13-15): a compra forçada na rodada anterior deixa a Nordawind com apenas três rifles, e uma falta de unidade significativa, para a rodada decisiva. Mais uma vez, uma granada de luz protege a passagem de “supra” pela banana, mas ele apenas consegue uma morte antes de ser pego porque o único rifler no bombsite-B simplesmente não joga bem o suficiente para compensar o tempo de rotação e o poder de fogo restantes.

Por que ter o trabalho de avaliar tudo isso em detalhes? Simplesmente, o Inferno é um dos mapas em que a Nordavind joga melhor. A equipe acumulou a grande maioria de suas vitórias no lado CT jogando nesse mapa, mantendo uma taxa de conversão de 70% de primeiras mortes. Escalar “vhw” certamente teve um efeito sobre o nível de entrosamento e comunicação da equipe, apesar do talento e experiência do jogador. Considerando o desempenho da Nordavind controlando bombsites no lado CT do Inferno contra a Sharks, a equipe não venceria nem 60% dos mapas disputados. Ambos os bombsites foram defendidos com impaciência e pouca unidade. Podemos usar essas observações para determinar o valor da equipe e de seus oponentes ao longo de um único evento ou período jogando com o mesmo substituto, ou um de seus principais jogadores fora da escalação.

Nossa próxima equipe é a GamerLegion, derrotada por uma formação totalmente nova. A Legion encarou a mouz NXT, segunda equipe da mousesports. Apesar de contar com alguns jogadores conhecidos – incluindo dois ex-integrantes da Izako Boars, além de Adam “torzsi” Torzsas, da Budapest Five – a derrota para a mouz NXT foi, definitivamente, uma grande decepção para a GL. Não se trata apenas da derrota, mas, principalmente, de como ela aconteceu: um massacre por 2-13 jogando como CTs no Mirage (que chegou à marca de 13-0, para piorar as coisas).

Me pergunto quantas equipes com formações totalmente novas conseguiram vencer suas 13 primeiras rodadas em sequência! Se a GamerLegion tivesse apresentado o mesmo desempenho da primeira edição da Pinnacle Cup, os oponentes não teriam tido tempo de respirar antes de serem totalmente aniquilados. Por outro lado, como é o caso de muitas novas formações, não temos ideia de quão longe a mouz NXT pode chegar. A maior parte das segundas equipes são usadas como reserva para treinar talentos emergentes, que, eventualmente, serão promovidos para a formação de elite do esquadrão. Vez ou outra também encontramos exceções, como foi o caso da Gambit, atual número um do mundo, com jogadores tão talentosos e dedicados que conseguiram superar a formação mais experiente da equipe. Se isso acontecer com a mouz NXT, ficaremos felizes em retirar as críticas feitas à GamerLegion pela derrota!

A última equipe a ser analisada é a KOVA, da Finlândia. Depois de testemunhar o desempenho da 100PG no CIS RMR 2021 desta semana, seria injusto criticar a derrota da KOVA para eles por 16-11. Infelizmente, a equipe não conta com um número suficiente de participações em partidas oficiais recentes, dificultando uma avaliação do nível geral de desempenho com o qual estão iniciando esta temporada, nem o que podemos esperar deles daqui em diante.

A próxima etapa do evento será a fase suíça. Confira este artigo se quiser saber mais sobre o formato do evento. A rodada de abertura será disputada pelas duas equipes com probabilidades mais próximas, a Endpoint e a Copenhagen Flames, e será seguida pelo confronto mais desigual até o momento com a Young Ninjas enfrentando a Fiend, além de um duelo eletrizante entre a ENCE e a TeamOne.

Vale lembrar que a Ninjas in Pyjamas, equipe principal da Young Ninjas, têm escalado jogadores da YN com alguma frequência. Como resultado, enquanto alguns membros do time acumulam mais de 200 mapas juntos este ano, com uma taxa de vitórias respeitável de 50%, a formação projetada para a partida de abertura deles na Pinnacle Cup II jogou menos de 30 mapas até o momento. Não surpreende que a grande maioria das linhas de apostas dividam as probabilidades para as duas equipes em, aproximadamente, 60-40. As equipes com preços mais curtos são as que conquistaram maior destaque até o momento, mas, se considerarmos o talento dos times, podemos dizer que temos bastante equilíbrio entre os classificados. Se esses azarões conseguirem se preparar melhor em um ou dois mapas antes da disputa da fase suíça, poderiam reunir forças o bastante para garantir uma vaga nos playoffs. Aproveite ao máximo a próxima etapa deste evento emocionante!