Após uma apresentação impressionante no BLAST.tv Paris Major RMR A, conseguimos uma entrevista com Gustavo "Juve" Alexandre, técnico da Into The Breach. Se você preferir assistir à entrevista em vídeo, é possível logo abaixo.
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Inscrever-seFazer loginParabéns pela conquista do Legends Stage. Você se sente aliviado em passar direto para esta etapa?
“Com certeza. Foi meu primeiro RMR, minha primeira vez no Major. Conseguir uma vaga no Legends foi simplesmente incrível. Quando terminamos o jogo, não tínhamos certeza se conseguiríamos o Legends ou o Challenger, mas os administradores nos disseram na época que se a BNE (Bad News Eagles) ganhasse da FaZe, conquistaríamos uma vaga no Legends. Ficamos ali assistindo ao jogo e sabíamos que seria decisivo. Todos estavam empolgadíssimos.”
A Into The Breach compete em muitos eventos de CCT, mas o RMR tem equipes com classificação muito mais alta. Como foi a preparação para o RMR em comparação com os outros eventos?
“Nós realmente nos preparamos para os jogos de maneira diferente, mas não por causa do nível em que estávamos jogando. Encontramos uma forma mais fácil de nos prepararmos para os jogos que mais tinham a ver com a gente. Mudamos a forma como estávamos nos preparando – principalmente eu, porque, claro, como treinador, preciso estar preparado para os jogos! Mas “rallen” estava me ajudando e mudamos um pouco a forma como queríamos desenvolver o jogo. Simplesmente queríamos ter certeza de que todos estavam a fim de jogar.”
Durante seu primeiro jogo do RMR, você levou a NAVI para uma prorrogação dupla. Isso ajudou vocês a ficarem mais confiantes de que poderiam vencer as melhores equipes?
“Com toda a certeza! No primeiro jogo, levamos a NAVI para a prorrogação quando estávamos com 14-13 de vantagem em um certo ponto. É claro que isso nos deu uma espécie de 'novo fôlego' para enfrentar o restante dos jogos. Sendo realista, a verdade é que o jogo contra a NAVI deveria ter terminado em 16-4. Para ser honesto, nem deveríamos ter ido para a prorrogação. Como posso explicar? Estávamos perdendo por 12 a 4 e ganhamos vantagem por causa de uma jogada ruim da NAVI. Eles nos deram a oportunidade de ganhar fôlego e começar a vencer as rodadas. Ganhar essas rodadas foi o que nos permitiu levar o jogo para a prorrogação. O jogo deveria ter terminado bem antes, mas estou feliz que tenha continuado. Fiquei satisfeito que a equipe mostrou esforço depois de vencer aquela fortaleza e continuou pressionando o adversário.”
Talvez algumas pessoas não percebam que a formação atual só se reuniu em fevereiro. Se a equipe estivesse jogando junto por um período mais longo, você acha que isso poderia ter ajudado a finalizar o jogo contra a NAVI?
“Não sei. Acredito que cada jogo é um jogo diferente. Por exemplo, poderíamos jogar contra eles hoje e ser massacrados. Mas também poderíamos jogar contra eles amanhã e vencer. Para mim, cada jogo será sempre diferente. Tudo depende da forma como você desenvolve a partida. Até mesmo a minha equipe, que você viu no RMR, estava eufórica! Seb – foi mal, “volt” - estava vencendo clutches, Cai (“cypher”) também estava insano após o jogo contra a NAVI. Todos estavam jogando muito bem! Então, às vezes temos um dia fraco, no outro estamos atirando melhor, assim vai. Tudo faz diferença. Não gosto de pensar ‘Ah, se tivéssemos mais tempo poderíamos ter vencido’, porque não é assim que funciona. Cada jogo é um jogo diferente.
Essa é uma grande oportunidade para um time que não esteve junto por um bom tempo e, como este é o CS:GO Major final, a pressão deve ser imensa. Vocês estão tomando cuidados adicionais para lidar com a pressão?
“Sinto que as pessoas ainda nos veem como azarões, mesmo nos respeitando mais agora porque garantimos uma vaga no Legends do Major. Se elas continuam nos enxergando assim, acho que não vamos sentir nenhuma pressão ao entrarmos lá. Acredito que continuaremos fazendo nosso trabalho e vamos considerar como queremos desenvolver o jogo, como queremos jogar, e não nos afundar em pensamentos como ‘Ah, precisamos vencer o jogo, blá, blá, blá…’ Nós não precisamos disso. Não precisamos dessa pressão. Vamos apenas jogar um jogo de cada vez, como fizemos no RMR.”
Você já treinou equipes portuguesas como a FTW Esports. É uma pena não ter uma equipe portuguesa no CS:GO Major final?
“Não diria que é uma pena, porque tenho orgulho da cena portuguesa – especialmente a SAW, uma equipe que já esteve nos RMRs e que tem competido no mais alto patamar do nível 2. Tenho muito respeito por todos os jogadores que jogam na SAW. Então, não, eu não diria que é uma pena. Diria que é meio triste que uma equipe portuguesa não tenha conseguido chegar a nenhum dos Majors, ou dos RMRs, mas não diria que é uma pena, porque tenho muito orgulho de todos e os respeito muito.”
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Probabilidades para o BLAST.tv Paris Major 2023Qual é a sensação de ser um dos três portugueses a participar de um Major?
“É uma sensação incrível, não vou mentir para você. Quando chegamos ao Major, só consegui fazer isso [com os braços para cima, eufórico]. Eu não gritei, só fiz esse movimento com os braços, porque foi um alívio. A ficha só caiu um ou dois dias depois, quando tudo se encaixou. Tipo, cheguei ao Major. Sou o terceiro português a conseguir esse feito. No fim das contas, é incrível representar Portugal, simples assim. É maravilhoso poder levar a bandeira portuguesa para exibi-la em mais um Major. Como “fox” e “Coachi” fizeram – tenho muito respeito por eles, porque eles chegaram lá primeiro.”
As cenas de CS:GO portuguesa e britânica são semelhantes na forma como lutam para competir com as melhores equipes internacionais. O que acontece nessas regiões que causa isso?
“Não sei. Na verdade, você tem duas equipes semelhantes, Endpoint e SAW jogando sempre no mesmo nível. Quando elas foram para os RMRs, nunca chegaram aos Majors, mas a SAW deveria ter chegado. Acho que a SAW, em comparação com a Endpoint, deveria ter conseguido no RMR, onde eles fizeram 2-3, mas perderam no último segundo contra a VP (Virtus.pro). Apenas um segundo de diferença e eles teriam jogado o Major. Sei lá, eles jogam bem contra esse tipo de equipe, mas, pensando no RMR, às vezes eles dão azar ou não estão muito bem. Lembro-me do primeiro RMR que eles participaram, três RMRs antes. Eles fizeram 2-3 e deveriam ter chegado ao Major. Foi uma rodada de sorte da VP na época, ou Outsiders, como eram conhecidos na época. Pois é, eles deveriam ter chegado ao Major. No segundo RMR, eles fizeram 0-3 e apenas um mês depois estavam vencendo um torneio no tier 2. Então, não acho que eles tenham problemas em jogar contra times do tier 1. Mesmo contra a Endpoint, eles venceram em LAN na ESL Pro League, tenho quase certeza, com “CRUC1AL” – que é meu AWPer agora – em LAN contra a NAVI. Por isso, não acho que isso seja um problema, são apenas fases. Basicamente, acho que eles não se sentem tão bem quando jogam esse tipo de torneio.”
Apesar de não haver uma equipe portuguesa no Major, a Into The Breach fez história ao ser o primeiro núcleo do Reino Unido a qualificar-se para um Major. Como é desempenhar um papel tão importante nisso?
“É incrível! É meu segundo ano no cenário do Reino Unido. Entrei na ITB (Into The Breach) em dezembro de 2021. Foi em dezembro de 2021? Sim, foi, e é maravilhoso poder ajudar a cena. Agora me sinto parte da cena e é incrível dar essa visibilidade também.
Vocês são a sexta chave no Legends Stage. Existe algum time do Challengers Stage que você gostaria de enfrentar na 1ª Rodada?
“Não tenho uma equipe preferida. Como já falei, ‘um jogo por vez’. Precisaremos enfrentar quem vier. É o que é. É o RMR, é o Major. Temos que encarar como fizemos no RMR, um jogo de cada vez. Os primeiros dois ou três jogos serão Md1 (melhor de 1), de qualquer maneira. Por isso, nesses Md1s, o mapa em que você joga sempre é bom para você. É isso e pronto. Um jogo de cada vez.”
Não há dúvida de que este Major vai ter muito mais em jogo do que qualquer outro. Quais são suas expectativas?
“Sinto que este Major vai ser incrível. Realmente sinto, pois é o último Major. Todo mundo vai querer assistir, todo mundo quer fazer parte disso. Acho que vai ser ainda melhor do que o Major do Rio, para ser sincero. Acho que o Major do Rio poderia ter sido muito melhor.”